terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pink Floyd - The Wall (Álbum)






         O álbum The Wall  é considerado por muitos como o melhor álbum da banda inglesa Pink Floyd, por outros o pior álbum de rock progressivo já feito. A segunda opinião, creio eu, se baseia no fato do Pink não ter a mesma estética musical que as demais bandas progressivas da época. O Pink sempre é mais puxado para o Rock do que para o conceito mais "clássico" que as outras bandas tinham e isso não agrada aos fãs do "progressivo de raiz" por assim dizer (alguns até acusam nem se tratar de um álbum progressivo). De qualquer modo The Wall é um álbum clássico. O meu eu fiz questão de comprar no vinilzão, só para manter o charme (e não existe nada igual ao chiado antes da primeira música de um vinil).

          Trata-se de uma ópera sobre a historia de um Rock Star, desde da infância conturbada a maturidade pior ainda. As músicas retratam a psicologia do sujeito e a formação do muro emocional que ele cria para si.



          Mais tarde esse álbum iria virar um filme, cheio de animações inesquecíveis, onde a maioria das músicas estão inclusas e algumas feitas especialmente para o longa. (mais sobre o filme). As músicas em sua maioria foram compostas e escritas por Roger Waters (baixista, vocal) a mente por trás do projeto, mas David Gilmour (guitarra, vocal) também assume a autoria de algumas canções. As músicas tem um tom melancólico, fúnebre, depressivo e agressivo (as vezes tudo numa música só). Letras tristes e as vezes simples tocam fundo no coração mais desapontado com a vida, fazendo o ouvinte em certos momentos se identificar com o pobre Pink, nome do Rock Star. Diversos efeitos sonoros, corais adultos e infantis, órgãos e pedais de guitarra com efeitos para todos os gostos, criam a atmosfera que envolve o ouvinte a cada música, e como cada música possui características e estéticas as vezes tão diversas, que o álbum corre pela agulha (vinil, lembra?) sem se tornar massante ou repetitivo.


         Lançado em 1979, The Wall tornou-se um dos álbuns mais vendidos da história ( o 3° mais vendido no Estados Unidos) e sempre o encontramos nas listas de melhores álbuns de todos os tempos.


        Destaco abaixo as minhas músicas favoritas e as mais conhecidas dessa obra.


        Álbum sempre recomendado para quem aprecia a boa música.










"Another Brick in the Wall part II"







"Another Brick in the Wall part III"







"Goodbye Blue Sky"






"Vera  & Bring The Boys Back Home"

Aqui nós temos duas músicas que são quase emendadas uma na outra:

Vera e Bring The Boys Back Home.
Gosto muito da primeira, mas nem tanto da segunda. 😄

Letras:
Vera

Does anybody here remember Vera Lynn
Remember how she said that
We would meet again
Some sunny day
Vera! Vera!
What has become of you
Does anybody else in here
Feel the way I do ?


Bring The Boys Back Home
Bring the boys back home.
Bring the boys back home.
Don't leave the children on their own, no, no.
Bring the boys back home.





"Empty Spaces"







"What Shall We Do Now "

A "versão longa" de "Empty Spaces" feita para o filme.






"Comfortably Numb"







"Hey You"

Uma das minhas favoritas. Pena ter ficado fora do filme devido a complexidade das cenas.





Veja mais sobre The Wall

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domingo, 22 de janeiro de 2012

The Smiths: Still Ill




Uma das bandas mais ouvidas nos anos 80 era The Smiths. Acho que todos que nasceram nos anos oitenta reconhecem os acordes de Johnny Marr e Stephen Morrissey de alguma música da banda. Morrissey escrevia as letras, Marr criava a composição em cima da letra e Morrissey sentava a voz na melodia. Para mim eles são o Lennon e o MacCartney dos anos 80.
O que eu acho legal em muitas das musicas da banda, como esta, é que Marr não usa acordes para fazer a base. Ele usa de pequenos arranjos, "solinhos" por assim dizer, para fazer a base de toda a musica. Nesse video podemos ouvir melhor o baixo e apreciar melhor sua harmonia com a guitarra. Mas o que chama atenção é o estilo inconfudivel de Morrissey cantando. As letras da banda assinadas por ele, sempre tem um tom de reclamação (e nos primeiros albuns, uma rebeldia adolescente também) contra o governo britanico e com o mundo. Mas principalmente contra o governo. Mas como uma prima minha que mora na Inglaterra diz: Inglês gosta de reclamar.
 Em Still Ill ainda cabe um trecho romântico, também comuns nas musicas dos primeiros álbuns. O que me lembra as musicas do Legião Urbana, cujas as letras o Sr Russo fazia questão de incluir o amor.

 Brenoi.

Letra:
 Still Ill
 I decree today that lifeIs simply taking and not giving
 England is mine - it owes me a living
 But ask me why, and I'll spit in your eye
 Oh, ask me why, and I'll spit in your eye
 But we cannot clingTo the old dreams anymore
 No, we cannot cling to those dreams
 Does the body rule the mindOr does the mind rule the body ?
 I dunno...
 Under the iron bridge we kissed
 And although I ended up with sore lips
 It just wasn't like the old days anymore
 No, it wasn't like those days
 Am I still ill ?
 Am I still ill ?
 Does the body rule the mind
 Or does the mind rule the body ?
 I dunno...Ask me why, and I'll die
 Oh, ask me why, and I'll die
 And if you must go to work tomorrow
 Well, if I were you I really wouldn't bother
 For there are brighter sides to life
 And I should know, because I've seen them
 But not very often
 Under the iron bridge we kissed
 And although I ended up with sore lips
 It just wasn't like the old days anymore
 No, it wasn't like those days
 Am I still ill ?
 Oh, am I still ill ?

Tradução:

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Missão Impossivel IV


                Já faz três anos que eu e meu filho fomos ver Alvim e os esquilos no cinema (calma, o texto não é sobre alvim e os esquilos. Hoje não). Eu estava de férias e fomos só nós dois. No ano seguinte nas férias dele fomos de novo ver Alvim e os esquilos 2, dessa vez com a mãe dele também. Então, para manter essa tradição, esse ano eu ia aproveitar uma promoção de ingressos a um centavo (sim, R$ 0,01 reais) comprados em um site de compra coletiva para todo o Brasil (fica a dica: venderam a esse preço por duas vezes já) e iamos assistir ao filme na pré-estréia, já que a validade dos ingressos ia só até aquele dia. Porém, entretanto e todavia, ao chegarmos com uma hora de antecedencia ao cinema vimos um bilhetinho pendurado nos guichês dizendo: "Ingressos para Alvim e os esquilos só para amanhã". Triste isso.

                   Pergunto para meu filho de quase 10 anos: Não tem mais ingressos para Alvim, que filme você quer ver?

Entre as opções de desenhos e comedias e romances e etcs, ele escolheu Missão impossivel 4 - Protocolo fantasma. Seus avós já haviam visto o filme aproveitando também a promoção e comentaram que era muito bom. Ele não teve dúvidas e fomos assistir ao filme (que só tinha dublado, infelizmente).
Devo confessar que o filme foi uma boa surpresa. Não gostei muito da direção exagerada de John Woo no segundo filme, que transforma Ethan Hunt numa mistura de Jackie Chan com Triplo X. O filme fica muito pretencioso e sai do foco que o roteiro, de filme de espionagem, propoe. O MI 3 tem um roteiro com um olhar mais amplo fugindo um pouco do estilo de historia já familiarizado com a franquia (uma missão que sai errado e Ethan Hunt com sua equipe tem que dar seus pulos para resolver a parada). Eu também não apreciei muito o filme por causa disso, dessa fuga no estilo da historia, porém a direção de J.J. Abrams (Alias) faz um filme mais pé no chão, porém com muita cara de...???
Alias
Mas esse quarto filme acho que acerta o ponto na combinação direção (Brad Bird) e texto. O roteiro (assinado pela dupla Josh Appelbaum e André Nemec de Alias, que também escreveram MI 3) com o estilo Missão Impossivel, sem peripercias exageradas (se não tivesse peripercia nenhuma não seria um filme com Ethan Hunt), jeitão de filme de espionagem Hi-tech com aquele suspence/tensão quando as coisas começam a dar errado em cima da hora e tempo acabando com mais coisas dando errado...o primeiro tinha isso também, porém com uma dose extra de suspence (mas o que se esperar de um filme de Brian de Palma? Não faltou nem a cena de perseguição no trem sempre presente em seus filmes. E fico me perguntando: Escolheram de Palma por causa da cena no trem, ou tem a cena no trem porque escolheram de Palma?)
Além disso, um pouco de humor também caiu bem no texto, onde outros diretores com certeza presariam pôr mais tensão, mais ação, todavia existem certos exageros tornando algumas cenas demasiadamente cômicas, uma coisa meio "fora de proposito" (mas o que se esperar de um filme do diretor de Os Incriveís e episódios dos simpsons?)
As atuações são medianas, mas dou destaque para Simon Pegg interpretando o agente mais atrapalhado do grupo por fugir um pouco do esteriótipo do personagem. A fotografia e posicionamento de câmera também são bons, mas se sobressaem nos momentos de ação (a cena da tempestade é muito bem feita ao tornar a tempestade apenas uma coadjuvante para não desfocar do que realmente é a cena)
Um bom filme (não é um filmmaaaaço...) recomendado para quem gosta do estilo. Uma boa escolha do meu filho. Segunda vez que vamos ver um filme, não podemos assisti-lo e meu filho faz uma boa escolha. A outra foi ainda melhor, mas fica para outro dia.

Brenoi.























E você? De que Missão você mais gostou?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O cavaleiro das Trevas


               Inicio as postagens de artes visuais falando sobre a obra que também dá cara ao blog: O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller.


               Sou meio suspeito para falar do (Grande) Miller, sou meio fã do cara. Tem algumas obras que não aplaudo de pé, mas a esta eu me curvo de joelhos. O cavaleiro das trevas (The Dark Knight Returns) é sem duvida uma das obras de HQ mais importantes de todos os tempos. Ela inicia um divisor de águas na historia das HQs. Lançada nos anos 80, a graphic novel mostra um Batman muito mais real, humano no que se refere a uma pessoa perturbada pelo trauma de infância e os anos sob a capa e a sede de vingança/justiça que nunca tem fim. Não apenas o herói é mostrado assim, humano, mas os vilões também. Duas caras, Coringa, ganham tons mais próximos de um individuo real e psicologicamente perturbado, e não apenas aqueles esteriótipos fantasiosos dos vilões da série da TV.


               Miller escreve e ilustra Cavaleiro das Trevas, Lyn Varley e Klaus Jason são colaboradores dessa obra, cujo os pontos fortes são mesmo o texto e os desenhos (de Miller). Embora as cores ,que no início estranhamos um pouco, fazem a obra se tornar ainda mais instigante. Miller manipula a percepção do leitor com sequências dos quadros, com ângulos e closes e efeitos de luz e sombra. As falas que ao poucos expõem a psicologia e personalidade complexa de cada personagem aguçam o interesse e prendem o leitor a cada "quadrinho", a cada "balão" com sua narrativa inovadora e desenrolar inesperado.


               O que mais me agrada no Batman de Miller é que ele não é um homem rico que combate o crime com bugigangas. Ele é um soldado. Ele é um homem que combate o crime com seu treinamento. Ele ataca com seu conhecimento em artes marciais, inteligência, estratégia. Ele perde, ele ganha. E para quem acha que isso é pouco, você não conhece Miller. Espere até ler o duelo final...Além disso, a personalidade que Miller cria para Batman, disciplinado e obcecado mas por vezes satírico, num contínuo flerte com a insanidade cativa a qualquer um.


              Cavaleiro das trevas mudou para sempre o jeito de se olhar para HQs. Mudou para sempre o modo como se via o homem-morcego, influenciando tudo o que seria escrito sobre o herói dali por diante. Influênciou até outros já consagrados artistas do ramo como Todd MacFarlane (spawn) e também Tim Burton na sua direção de Batman em 1989; a serie Batman: the animated series e claramente no roteiro de Robocop na sua narrativa.


              Após ler Cavaleiro da Trevas você sente que nunca mais vai olhar para HQs , filmes e para o próprio Homem-Morcego da mesma forma.
Leitura sempre recomendada


Brenoi.





























E você? Ja leu essa HQ?