domingo, 14 de junho de 2020

Música da Semana - Plastic Love



          Para começar a semana bem, começo com algo diferente do que costumo postar nas músicas que embalam as semanas no blog.

          Me apareceu muito por acaso, eu procurava por "Digital Love" do Daft Punk, mas não tinha certeza se era digital mesmo e acabou aparecendo entre as sugestões "Plastic Love". Fiquei curioso e lá fui eu ver qual era dessa música. Bendita decisão de um amante de música.

          O encanto foi imediato. Todas as pessoas a quem eu mostrei a música gostaram também. Então não podia deixar passar sem compartilhar. Até porque, a música tem mais de 30 anos! Nenhum deles tinha ouvido antes. 

          Perdoem nossa ignorância aqueles que já estão cansados de ouvir Mariya Takeuchi, mas para nós é novidade. Eu também nunca tinha ouvido falar de "City Pop", estilo de música japonesa de "J-Pop". Muito mal conheço o "J-Rock" (estou perdendo conhecer preciosidades musicais, eu sei, mas meu foco eram outros estilos que me caem mais no gosto).

          Com isso, acabei conhecendo outros artistas japoneses. Uns mais interessantes outros menos. Então poderão ter postagens sobre isso futuramente. Mas hoje, trago essa música tão gostosa de se ouvir e com uma letra não tao bobinha quanto ela faz parecer. Vou deixar a tradução que encontrei para ela, mas recomendo que ouçam antes de lerem a letra.

          Espero que gostem também. 😉




Amor de Plástico

Meus beijos súbitos
E olhares impetuosos
Por favor, não fique com raiva
Com a minha programação do amor

Tenho meus cumprimentos e despedidas bem planejados
Tudo vai acontecer no devido tempo, não se apresse!

Fui ferida pelo amor
E desde aquele dia
Tenho vivido meus dias e noites
Trocados ao contrário

Enquanto dançava de noite até o amanhecer em discotecas elegantes
Eu aprendi esta magia, desculpe!

Com relação a mim
Nunca me ame seriamente
O amor é apenas um jogo
Se eu estiver me divertindo, já é o suficiente

Vestidos e sapatos extravagantes
São os meus amigos que decoram
E me acompanham em minha solidão

Ironicamente, todos os caras
Que me pedem pra sair
Se parecem com ele
Por algum motivo, sempre lembro disso

Mesmo que de repente eu deixe cair um copo de vidro
E encha meu olhos de lágrimas
Não me pergunte nada, certo?

Fui ferida pelo amor
E desde aquele dia
Tenho vivido meus dias e noites
Trocados ao contrário

Enquanto dançava de noite até o amanhecer em discotecas elegantes
Eu aprendi esta magia, desculpe!

Com relação a mim
Nunca me ame seriamente
O amor é apenas um jogo
Se eu estiver me divertindo, já é o suficiente

Vestidos e sapatos extravagantes
São os meus amigos que decoram
E me acompanham em minha solidão

Ao adormecer a alta velocidade
No final da noite
Somente as luzes halógenas
Brilham lindamente

Mesmo que uma voz sussurre para você
Que sou uma mulher fria como o gelo, não se preocupe!

Estou apenas jogando
Eu sei que é um amor de plástico
Dance ao som do plástico
Outra manhã vem



Capa do álbum. Parabéns ao designer da capa.
 Imagem muito icônica (Principalmente por lá como podem ver abaixo).
















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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Era Uma Vez Em Hollywood - Filmaço




          Já era para eu ter escrito isso há meses (quase um ano já), mas as coisas da vida (além da preguiça) me incapacitaram de dar a devida atenção ao blog nós últimos tempos.

          Assisti a essa pérola cinematográfica no cinema. No mesmo cinema que assisti a outra pérola: "Ela" (que eu já comentei aqui no blog). Sinto que dá sorte assistir filmes nesse lugar...

          Haverá quem discorde de mim, mas para mim, esse é o melhor filme de Tarantino desde Pulp Fiction e talvez até o melhor de todos (ainda não decidi. Preciso ver os 2 novamente).

          Se você é um cinéfilo então você tem que ver esse filme.

          Ele é uma homenagem as avessas ao cinema.

          "Como assim??"

          Vamos elogiar o filme primeiro antes de discutir isso...

          Pra começar, ele tem um dos mais belos e interessantes trabalhos de fotografia que eu já vi, porque a cada instante ela muda, e precisa mudar. Para ambientar o espectador no tema que se refere no momento. as vezes a mudança é intensa, outras muito sutil. Mas ela dá um clima ao que está se passando em tela. E você pode achar isso bobo, ou comum, mas entenda que eles não queriam apenas fazer uma alternância entre dois ambientes como em Matrix, entre dentro da matrix e fora; Queriam fazer alternância entre momentos e situações da época. Então em menos de 5 minutos (mera expressão, ok? Eu não marquei no relógio) você vê Leonardo DiCaprio numa fotografia de uma entrevista para a televisão, em outra num cena de seriado de ação da época, e depois passeando numa tarde ensolarada por Los Angeles. Fazem isso tão bem e de forma levemente exagerada que criam uma ideia cômica de tudo isso (que é a ideia geral do filme. Ele é uma comedia. "Como assim??" Vamos chegar lá...). Eles atingirem essa tão pretensiosa intenção faz com que o trabalho de fotografia receba aqui meus elogios e a sua indicação ao Oscar (não levou)



          As atuações, dignas de Oscar, deram mais uma indicação A DiCaprio e o prêmio a Brad Pitt. Margot Robbie (Arlequina) novamente mostra suas habilidades em cena, compondo e atuando uma personagem com tão pouco em texto. Mas são Pitt e DiCaprio quem roubam a cena. DiCaprio está impecável em cena, nos fazendo achar graça e se sensibilizar com as situações dos seus personagens, já que, como ele interpreta um ator, ele interpreta também os personagens de seu personagem.




         Mas o que realmente faz o filme ser o que é, são a direção e o roteiro. Tarantino simplesmente brinca com o publico manipulando ele o tempo todo (presta a atenção na cena que toca Mrs Robinson...). E ele faz isso praticamente até o último instante.

          "Era uma vez em Hollywood" é uma homenagem ao cinema, mas faz isso de uma forma própria, cômica. Já começa pelo nome, que é uma citação aos filmes de Sergio Leone: "Era Uma Vez no Oeste" (se nunca viu, ASSISTA) e "Era Uma Vez na América". Os filmes de Sergio Leone já haviam sido inspiração para Tarantino nos seus 2 filmes anteriores sobre o "velho oeste" (mas quem hoje em dia não se inspira em Leone para fazer filme Western?), "Django Livre" e "Os Oito Odiados". Tanto que Ennio Morricone, principal musico de Leone assina a trilha dos dois filmes. Além disso, o cinema spaguetti é mencionado no filme de Tarantino, e claro, com sarcasmo. Pois essa é a tal homenagem as avessas: Tarantino faz piada de tudo que era relacionado ao cinema em hollywood na época. Até Bruce Lee, tão prestigiado por Tarantino é zuado no filme. Que faz menções a diversos filmes clássicos e atores prestigiados então. (Posso estar errado, mas a cena em que Pitt vai ver como está o velho amigo faz menção a Psicose).


          Sobre o que se trata o filme? Sobre a historia de Rick Dalton (DiCaprio) e suas desventuras junto ao amigo e dublê Cliff Booth (Pitt) até atingir ao que considera seu ápice como ator. Resumidamente, é isso.

Rick Dalton em cena

          O filme pode ser tudo, menos sério. A prova é que a sala de cinema inteira passou pelo menos 50% do filme rindo. Se você vai (ou foi) ver o filme esperando um Pulp Fiction ou um Kill Bill... Vai ficar frustrado. Vá esperando assistir a uma aula de como é fazer cinema.

          Ou no minimo, vá esperando a assistir uma zuera do Tarantino.
          Filme sempre recomendado por aqui.

          Uma ressalva de ultima hora antes de um spoil, o filme mistura realidade e ficção, porque sem isso não teria como satirizar as coisas que acontecem. Procurem saber a respeito da "família Manson e Roman Polanski" para compreenderem a ideia de Tarantino no filme. (NÃO LEIAM a partir daqui)

         De modo que a ultima cena do filme é uma forma de "vingança", uma "desforra" fantasiosa para criar um certo alivio, uma reparação, na ideia de uma retaliação à uma das historias mais terríveis e brutais de Hollywood. Da mesma forma que ele faz no final de "Bastardos Inglórios".














Essa garotinha também manda bem















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