segunda-feira, 25 de março de 2019

Versões Musicais


          Volto com a Versões Musicais com duas músicas cujas as versões cover ficaram  mais famosas do que na voz dos seus interpretes originais.


         E olha que os originais não são pouca coisa não: Elvis e Bob Dylan.


         Ambos possuem uma música que não eram tããão conhecidas até que alguém meteu a mão nelas e as regravaram.


         No caso de Bob Dylan, a música foi regravada por (pelo menos) Cher, Neil Diamond, The Byrds, The Isley Brotherse e Ministry. Mas a Versão que eu quero trazer é a feita pelo Duran Duran a música "Lay, lady, lay"


         Já a outra canção de Elvis é tão conhecida na voz dos Pet Shop Boys (tem uma postagem que fala um pouco deles aqui), que eu quando novo, nem acreditei que era do Elvis...heheheh


         Seguem ai as originais e suas respectivas versões.







Always on My Mind




 Always on My Mind - Elvis Presley




Always on My Mind - Pet Shop Boys




Lay, Lady, Lay 



Lay, Lady, Lay - Bob Dylan






Lay, Lady, Lay - Duran Duran




         Eu pessoalmente prefiro as versões house.

         E vocês?


  



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quarta-feira, 20 de março de 2019

Blade Runner - Uma Obra-Prima Cinematográfica





          Ainda me lembro da primeira vez que pus os olhos em Blade Runner. Era uma noite de segunda-feira provavelmente e ele passava na Globo. Eu era bem criança e não pude ver até o final, tinha que dormir cedo. Mas lembro de ter ficado muito curioso em ver o resto do filme. Aquela abertura de uma "cidade industria" era inquietante, instigante. Lembro do meu pai comentar algo sobre o futuro sinistro que ela antecipava. E, durante anos, eu fiquei sem ver o filme já que só chegava atrasado no canal em que estava passando e detesto ver filme pela metade. Ver filme já "começado" é que nem spoil para mim.



          Estraga tudo.



          Só fui ver completo nos meados dos anos 2000 quando a "versão do diretor" passou a se tornar a versão oficial e para tudo que é lado na internet você encontrava ela, mas nunca a versão original. De modo que, foi essa que eu vi. Gostei muito, mas...





          Como disse um professor de desenho e cinéfilo fã do filme: "Esquece a versão do diretor. Esquece... Isso não é Blade Runner. Isso é muito ruim."


(E é mesmo)


          Meses depois, aguçado pela curiosidade que o professor me deixou, já que ao debater sobre qual era a melhor versão, usei os argumentos que a gente ouve por ai hoje em dia: "Não fez sucesso", "Foi um fracasso", "O final era muito tolo e incoerente", etc...; Mas ele foi definitivo comigo: "Tá tudo errado. Todo mundo gostou do filme. Eu estava lá, você não."





           Cocei minha cabeça e segui em busca da verdade (ou da minha verdade). Precisa ver o original e tirar minhas próprias conclusões. Meses depois comprei um box com todas as versões além de um DVD de extras sobre a produção do filme (nunca ouvi falar de um making off de um filme tão detalhado). O filme possui nada mais nada menos do que 4 versões: A versão original, a versão internacional (não vejo muita diferença entre as duas), a versão do diretor e a versão Final.




          Sentei o DVD no meu PC e fui assistir.


          Não tem comparação.



         A "metida de dedo" dos donos da produtora na versão original fez toda a diferença. E na boa, a verdade é que esse filme foi uma cagada atrás da outra. O roteiro era completamente diferente (nem o nome era esse), troca roteirista, diretor não sabe o que quer da vida, pós produção desnecessariamente longa com montagens e montagens entre o diretor e o editor tentando definir o filme (por isso que tem a versão do diretor e a final. Essas devem ser apenas algumas das versões que eles criaram)... Meterem a mão para fazer o filme ser lançado foi a melhor coisa que poderia ter acontecido ao filme que dezenas de vezes esteve ameaçado de nunca ser concluído por diferentes problemas. Está tudo nos extras do box, mas não é bem sobre os erros que eu vim falar, mas sobre os acertos.





           Ridley Scott (Gladiador, Falcão Negro em Perigo, A Lenda, Chuva negra, Alien, etc...) sempre me pareceu ter uma certa dificuldade com a narrativa. Em "contar a estoria" para o espectador, faze-lo entender o que se passa no contexto geral da estoria que estamos assistindo. Porém, ele que começou como diretor de arte, sabe dominar a mise-en-scène de forma espetacular e até única. Vejo em Blade Runner essa sua habilidade em sua melhor forma. O design, os materiais, o uso de câmera, lentes, criam uma ambientação realmente fantástica dando a cada cena algo de "memorável". É difícil você confundir alguma cena de Blade Runner com outro filme de tão únicas que elas soam aos olhos. Ângulos e cores, associados a cenografia,  fazem de cada tomada um deleite para os olhos dos amantes da sétima arte.


          Syd Mead foi o principal ilustrador da arte conceitual de Blade Runner. Se inspirando nas artes de ilustradores de revistas como Heavy Metal, criou no papel a maior parte do que vemos em cena. Imaginando desde objeto até a cenários, o que o fez cair nas graças de Scott e juntos bolaram alguns dos principais conceitos sobre futuros sombrios cyberpunk cinematográficos utilizados como referencia até hoje. Ainda se usa a expressão "tipo Blade Runner" para exemplificar algo tamanha é sua influencia.



Não me pergunte o que é aquilo no fundo do copo. Prefiro não saber...

           A cenografia e figurinos são na maior parte do tempo incríveis, porém em outras meio apagadas. Mas acho que a ideia de Scott era mesmo essa. Criar diferentes ambientes no futuro confuso de BR, onde uma hora você está em um grande apartamento intimista e em outra numa feira no Marrocos. Ou num prédio antigo, sujo e mal conservado.




          Os efeitos especiais são muito interessantes em sua técnica e que, em sua maior parte, funcionam bem até hoje (exceto a cena da replicante morrendo na rua. Essa não funcionaria nem no cinema mudo) criando um estilo visual próprio.








          As atuações são na maioria aceitáveis. Não gosto muito de Harison Ford em papeis mais sérios e não acho que ele tenha sido uma boa escolha para interpretar Rick Deckard, o caçador de androides. Está bem sofrível na narrativa do filme, mas como isso foi uma das coisas que entraram meses depois da pós produção e ele já estava de saco cheio daquele projeto, isso também deve ter pesado na hora de interpretar. Sean Young (Rachael) também deixa a desejar ao meu ver. Não há nenhum momento de grande atuação da parte dela; o mesmo para Daryl Hannah (Pris). Mas quem eu acho que trouxe vida ao personagem e até ao filme foi Rutger Hauer (Roy Batty). Dando uma interpretação ao seu personagem que brinca entre um frio homicida, uma indefesa criança e um romântico amante sem soar exagerado ou incoerente. Além disso, a cena de "lagrimas na chuva" é uma invenção dele. Ele criou aquela fala numa das sessões de leitura do roteiro. Que para mim é a cena que vale o ingresso.




          Blade Runner é uma ficção cientifica, mas é também um filme noir, um bom filme noir. Tem todos os elementos que compõem um filme do estilo: Uma estória aparentemente simples mas com desdobramentos, personagens principais de natureza conflitante, uma "femme fatale" (na verdade, mais de uma), uma narrativa sombria. Narrativa alias que não está nas versões posteriores, mas que é algo que traz uma nova dimensão ao filme, e por vezes até amplia o mundo de Blade Runner ou seu personagem principal. Infelizmente em outros momentos acho que deixa a desejar. Se tornam falas de linha muito insossa. Parecem escritas por redator de obituário. O roteiro ( da versão que foi aos cinemas) é algo lindo de se analisar. Como sempre digo, as melhores ficções cientificas são pretextos para falar de alguma particularidade da condição humana. E em BR nós falamos sobre a existência do homem como individuo: Ela acaba.


          A vida acaba. 


          A todo momento o roteiro nos fala disso.



          Quem nós somos?

          O que nos define?



          Mas principalmente: Quando o que nós somos irá findar e como podemos evitar isso?


          Se analisarmos a estória, veremos que os replicantes (androides) nada mais são do que a personificação de nós mesmos, de uma maneira mais crua e objetiva. "Mais humanos que humanos". E a mensagem que ele deixa, pelo menos para mim é que não podemos nos agarrar a isso. Não podemos deixar que a ideia de que nossas baterias um dia irão acabar se torne uma obsessão. Se não passaremos a vida preocupados com o dia que era acabará e ela então acaba, e nós a desperdiçamos tentando impedir ou adiar o inevitável.


Filme sempre recomendado aqui no blog.


(Sobre a trilha sonora eu já comentei nesse post:)

































































As vezes tenho a impressão que já vi algumas fontes e logo em outro lugar...




























Eu não sei se é mais engraçado, hipnótico ou perturbador...









"All those moments will be lost in time... like tears in rain.
Time to die."












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segunda-feira, 18 de março de 2019

Musica da Semana - The Bard`s Song

          Para acabar com a sequencia de trilhas sonoras toda semana, eu trago uma das canções mais lindas dos bardos alemães do Blind Guardian: The Bard's Song.

          Para mim essa sempre foi uma musica muito apreciada e cantada a plenos pulmões por mim e pelos amigos de escola em aventuras pela floresta da tijuca (o ambiente incentiva esse espirito de aventureiros D&D...hehehe). Mas se tornou uma musica ainda mais especial pois era uma das músicas com as quais eu ninava meu filho cantando para ele inúmeras madrugadas, me trazendo boas (e sonolentas) lembranças. Ainda hoje é impossível segurar a voz de cantor de chuveiro quando a ouço.

          Deixo aqui a canção do bardo para que ela embale a sua semana.









"Now you all know
The bards and their songs
When hours have gone by
I'll close my eyes
In a world far away
We may meet again
But now hear my song
About the dawn of the night
Let's sing the bards' song

Tomorrow will take us away
Far from home
No one will ever know our names
But the bards' songs will remain

Tomorrow will take it away
The fear of today
It will be gone

Due to our magic songs
There's only one song

Left in my mind
Tales of a brave man
Who lived far from here
Now the bard songs are over
And it's time to leave
No one should ask you for the name
Of the one
Who tells the story

Tomorrow will take us away
Far from home
No one will ever know our names
But the bards' songs will remain

Tomorrow all will be known
And you're not alone
So don't be afraid
In the dark and cold

'Cause the bards' songs will remain
They all will remain

In my thoughts and in my dreams
They're always in my mind
These songs of hobbits, dwarves and men
And elves
Come close your eyes

You can see them too"


quarta-feira, 13 de março de 2019

Duplas Eletrônicas

              Volto com mais duplas para divulgar o trabalho desses espetáculos das pistas eletrônicas de baladas e raves do mundo afora.

              Como da outra vez foram 3 duplas de vertente House, agora trago 3 de Trance, mas nada muito pesado, nem muito dark. De levinho para os ouvidos mais sensíveis, para não dar indigestão musical...hehehe 

             Vamos ao nosso pequeno tour internacional de duplas.





VNV Nation






              A banda que detém o titulo de ter criado o estilo futurepop e juraaaava que era inspirado em EBM. Enfim...heheheh
              A verdade é que VNV (Victory Not Vengeance) Nation possui um som bem interessante, misturando alguns estilos e criando o seu jeito de fazer musica.

              Formado pelos ingleses Ronan Harris e Mark Jackson, teve sua estreia com o álbum Advance And Follow em 1995 (e sim, tem uma pegada EBM. Mas só um pouquinho..hehhehe). Porém a música que trago da banda vem do álbum Judgement 2007. Acho que ela representa bem o estilo da banda e é animadinha o bastante para agradar até os menos favoráveis ao estilo eletrônico.












Syrian




              Das três duplas desse post, essa com certeza a que mais gosto.
              Syrian, a dupla viajante.
              Formada pelos italianos Andylab e Voyager (eu disse que eles eram viajantes) pousaram na terra para lançar o single No Atmosphere em 2003. Desde de então vem trazido sons e poesias intergaláticas, sobre amores e guerras espaciais.

              Dos álbuns que conheço, Alien Nation é o mais interessante como um todo, tendo musicas estranhamente cativantes, como Speed of Light, Destiny Sunrise e claro, a inesquecível Musika Atomica.

              Mas posto Supernova, que expressa bem a dupla tanto musicalmente quanto poeticamente.



"Where are you now?
Lost inside your alien soul
Searching for The supernova And the stars"










Tristesse de la Lune




              Eu ia colocar uma outra dupla de machos mas ai eu pensei: "Quer saber? Acho que deveria botar uma dupla feminina para variar, até para incentivar as meninas a nos presentearem com seus trabalhos e mostrarem que mulher também sabe fazer (boa) musica eletrônica."
              E ninguém melhor para isso do que as alemãs Kati Roloff and Gini Martin, antigas integrantes da respeitada Blutengel, que saíram da banda para fazerem música ao seu gosto e vontade.

              Lembro da primeira vez que ouvi Stone. Estava la eu no terraço de uma conhecida festa aqui no Rio (RJ), dançando na pista quando ela soou nas caixas do DJ. Apesar de um som mais tranquilo, estilo Darkwave, a Tristeza da Lua me pegou na hora. Espero que também gostem desse duo de beldades germânico.














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segunda-feira, 11 de março de 2019

Musica da Semana - Nightcall

          Ai é assim: O filme virou cult; a musica (quase tema) meio que virou também.


          Saído da introdução de Drive, o filme de Nicolas Windin Refn que tem inúmeros comentários sobre analises de cena, fotografia, cor (essa então é um debate sério. Cada um tem sua teoria, eu claro, tenho a minha) tem também uma trilha sonora bem interessante, buscando uma coisa mais "noir 80" (eu sei que a expressão não existe, eu to criando agora, para a posteridade...hehehe).


          A música de Kavinsky, tem produção de Guy-Manuel De Homem-Christo (um dos Daft Punk. Postei algo sobre eles aqui)  além da participação da Lovefoxxx, da banda nacional Cansei de Ser Sexy.


          Apesar da letra simples, gosto muito da sonoridade dela, tanto da musica quanto da letra. Que soa algo meio sinistro e solitário. Perfeito para tema do personagem Driver.


          Assistam o filme.
          Ouçam a musica.


          Ambos sempre recomendados aqui no blog.





"
I'm giving you a night call to tell you how I feel
I want to drive you through the night, down the hills
I'm gonna tell you something you don't want to hear
I'm gonna show you where it's dark, but have no fear

There something inside you
It's hard to explain
They're talking about you boy
But you're still the same

There something inside you
It's hard to explain
They're talking about you boy
But you're still the same"


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